terça-feira, setembro 23, 2008

Reviver o Hospital Nossa Senhora do Ó SP-SP




A comunidade católica da Freguesia do Ó perdeu, na década de 80, o Hospital Nossa Senhora do Ó para particulares, em transação nebulosa e pouco clara até hoje. O hospital foi construído pelo povo, com união e luta - o mesmo ocorreu no Imirim, que também perdeu o Hospital São José para a iniciativa privada em transação obscura, só que no Imirim foi iniciada uma luta popular para retomar esse bem do povo, o que não ocorre no Ó. A luta reivindicatória da Comissão Pró-Resgate do Hospital São José, no Imirim, já é vitoriosa em vários aspectos: primeiro por ter conseguido contar com apoio dos padres Valeriano Paitoni e Pietro Plona, da Paróquia de N.S. de Fátima, o que tornou possível recolher perto de 20 mil assinaturas em prol desta causa; em segundo lugar por ter conseguido chegar ao prefeito, ao secretário de Saúde, Januário Montoni, entre outros. A ação da Comissão, como se vê, se deu em duas frentes: realizar a coleta de assinaturas e fazer a reivindicação chegar a quem pode tomar decisões. Neste sentido contou com o apoio do vereador para marcar a visita do prefeito ao bairro para receber o calhamaço de assinaturas, perto de 20 mil, que se deu no domingo, 14/set./08, por volta do meio dia. - “Provamos que o Imirim sabe ser solidário, é unido e que a nossa causa é justa”, disse a coordenadora da Comissão, Márcia Janota. O prefeito prometeu estudar uma solução para a questão. A Comissão reivindica que o prédio seja retomado pela Prefeitura e o prédio aberto como uma unidade de saúde pública. O próximo passo possivelmente será lutar para que o prédio volte para a comunidade, já que o terreno foi comprado com verbas públicas e não poderia ter sido vendido. NA FREGUESIA FOI IGUAL Que a união e a luta do povo do Imirim sirva de exemplo para a comunidade católica da Freguesia do Ó, que também construiu um hospital, o Nossa Senhora do Ó e por
má-administração e problemas diversos, pouco esclarecidos, também perdeu seu prédio. Neste caso, o correto é, além de uma manifestação dos moradores locais, como ocorre no Imirim, levar o caso ao Ministério Público para que este investigue as reais causas de como um bem público passou das mãos de uma comunidade que o construiu para particulares – que hoje alugam o prédio para um supermercado. No Imirim, a Comissão organizadora está levantando documentos diversos para que se chegue às causas que levaram ao mesmo caso da Freguesia do Ó: a passagem de um bem comunitário para particulares. Num País de tantas carências na área da Saúde Pública é inadmissível que se mantenha silêncio sobre estes fatos nebulosos em passado recente. No mínimo deveria se abrir uma investigação sobre o assunto e se criar também uma Comissão Pró-Resgate do hospital. Se alguém tiver algo a dizer ou documentos sobre este assunto, entre em contato com o editor deste jornal.